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Razão e Emoção

Ninguém valoriza o que desconhece. Por isso, como apontado na carta aos presidenciáveis, é preciso valorizar a arquitetura e o urbanismo. E isso passa por conquistar e garantir mais espaço para a arquitetura e o urbanismo nos meios de comunicação, hoje afinal aparentemente mais diversos e democráticos do que nos anos 50 do século passado. Não teremos avanços na arquitetura e urbanismo se não destacarmos os bons projetos e iniciativas, do Brasil e de outros países.

A fórmula já foi praticada no Brasil com sucesso. E por isso, em vez de A razão me recomenda produzir um texto cheio de afirmações categóricas sobre a importância dessa valorização, permitam-me relembrar uma história meio pessoal.

Há mais de 50 anos, como jornalista, lido com o assunto, que era o único tema de minhas reportagens, nos meus primeiros anos de ofício, tanto no Estadão, quanto na  Folha de S. Paulo.

Foi assim que conheci um arquiteto e um jornalista que tiveram um papel relevante na promoção da profissão quando eu ainda usava calças curtas: Fábio Penteado, que nos deixou em 2011 e Nahum Sirotsky, que se foi em 2015.

Tive pouco contato com Nahum, que entrevistei ao fazer um perfil da revista qe ele criou e marcou época, a saudosa Senhor – na verdade, minha fantasia nos anos 90 era tentar fazer algo parecido e falhei redondamente numa publicação chamada Radar. Já Fábio Penteado passou de fonte a amigo muito querido. Convivemos longamente, fomos bons amigos, mas fui, principalmente, um dos muitos ouvintes para as ideias, os sonhos e os pesadelos de Fábio – boa parte destes últimos, infelizmente, realizados no Brasil de hoje, que ele, certamente, estaria a lamentar e a tentar mudar.

A história que se segue começou no final dos anos 50 e está reconstituída numa biografia ainda inédita do arquiteto, que espero, possa um dia ser publicada.

Eram tempos agitados em muitos campos no Brasil – inclusive na arquitetura. Naquele cenário, o bar do IAB, no mezanino do prédio da seção paulista do Instituto de Arquitetos, no centro de São Paulo, firmou-se como um ponto de encontro da intelectualidade paulista. Não havia uma semana em que não circulasse por ali alguém interessado em conhecer as ideias e os trabalhos dos arquitetos paulistas.

Quem apareceu certo dia no bar, na hora do almoço, geralmente concorrido, foi Nahum Benhamin Sirotsky. Paulistano de nascimento, 30 anos, cabeleira farta, sotaque de gaúcho, voz de baixo profundo, que lhe permitia imitava muito bem o cantor norte-americano Paul Robeson, trabalhara em O Globo e no Diário da Noite e era chefe de reportagem da era editor da revista Visão, fundada em 1952, no Rio de Janeiro, pelo grupo norte-americano Vision Inc.

Visão, naquele momento, era a terceira revista mais importante do país, depois de O Cruzeiro e da Manchete, mas o inquieto Nahum estava sempre em busca de novos espaços. Para divulgar a revista, entregou um exemplar a cada arquiteto sentado na grande mesa junto ao balcão. Em seguida, começou a explicar como pretendia mudar a imprensa brasileira, com novas seções: Medicina, Energia Atômica, Arquitetura e Urbanismo. Segundo ele, até as propagandas veiculadas deveriam espelhar a verdade.

Ao folhear seu exemplar, Fábio viu um anúncio de um revestimento de forro. O mesmo material utilizado dois anos antes, num prédio que pegara fogo. Não fez por menos: “Se isso é verdade, como a sua revista publica este anúncio de um material que pega fogo?” Nahum ficou sem jeito e encerrou a conversa.

Às quatro da tarde, toca o telefone no escritório de Fábio. Era Nahum, convidando-o para ir à sucursal da revista. Lá, surpreendeu o jovem arquiteto que atrapalhara sua tentativa de cooptação de toda a categoria com uma proposta inusitada: Fábio Penteado seria o editor de arquitetura e urbanismo da Visão.

Fábio respondeu que devia haver algum engano: tinha 26 anos, não sabia nada de arquitetura e urbanismo e muito menos de jornalismo. Nahum devolveu: “Pois é exatamente isso que eu procuro”.

Foi o começo de uma aventura curiosa, que durou até 1963 e resultou em mais de 150 artigos que buscavam popularizar e difundir a arquitetura junto ao grande público.

Antes de aceitá-la, Fábio obteve o aval da direção do IAB. Redigiu seu primeiro artigo numa folha enorme de papel vegetal, em letra de forma, escrita com caneta de ponta grossa. Quando o canudo que mais parecia uma planta de projeto arquitetônico chegou à redação da Visão, ninguém sabia o que fazer com ele. Nahum entregou a tarefa missão para Paulo Afonso Grisolli, um jornalista experiente, apesar de seus 19 anos. Tendo Grisolli como instrutor, Fábio aprendeu os truques do ofício e percebeu que podia realizar um trabalho marcado pela disciplina, ao datilografar, com algum esforço, os textos que produzia. Descobriu mais sobre arquitetura ao conversar com os arquitetos, como repórter, que nas salas de aula do Mackenzie. Em sua seção, não ia em busca da beleza excepcional de um ou outro projeto. Dava espaço para o trabalho inovador de jovens profissionais de todo o país. Falava de tudo um pouco: da renovação da cidade de Pittsburgh, a exemplos de arquitetura moderna em Salvador, passando por uma palestra de especialistas norte-americanos na Universidade de Nova York , um escritório carioca de arquitetura especializado em cozinhas industriais, o mapa acústico do Rio de Janeiro ou o necrológio de Frank Lloyd Wrigth .

Ao que tudo indica, a primeira colaboração foi na edição de sete de janeiro de 1955 – um texto sobre o renascimento da arquitetura alemã. O exemplo destacado é o Teatro da Ópera de Colônia, previsto para ser concluído em 1956, um projeto de Wilhelm Riphahn.

Outro teatro foi tema da coluna na edição de 18 de outubro de 1957 – e que teatro! Nada menos que o projeto de Joern Utzon , de apenas 30 anos, para a baía de Sidney. Escolhida por um júri internacional, que contava inclusive com o arquiteto norte-americano Eero Saarinen, a proposta do Sidney Opera House é hoje o cartão-postal mais evidente da maior cidade australiana. O texto de Visão informa que a opinião pública se dividiu diante do projeto, “com expressões que variam desde 'uma imortal peça de arquitetura', passando por 'deliciosa fantasia', e chegando até a 'uma por coleção de guarda-chuvas'. É natural que isso acontecesse, pois a obra se diferencia de tudo que já se fez na Austrália em matéria de arquitetura, e seria mesmo difícil para a população compreender no todo as características de seu novo teatro, somente através dos desenhos em folhas de papel, ou até por estudos de maqueta.”

Um teatro brasileiro afinal foi parar na coluna publicada em 27 de junho de 1958: o Castro Alves, de Salvador, projeto do arquiteto Bina Fonyat , com a colaboração de Ubirajara Ribeiro  e João Carlos Bross . Fábio assinalou um detalhe importante da proposta: "O Teatro Castro Alves é um grande triângulo que exterioriza os planos inclinados da cobertura e do piso da plateia. Sob o vértice do triângulo repousa, em comprido, uma construção independente, horizontal, que abriga o hall de entrada". Também registrou que o projeto contava com a "competência e o apoio" do arquiteto e cenógrafo Aldo Calvo , a que ele próprio iria recorrer, no futuro, em mais de um projeto. Mas dificilmente Fábio imaginaria àquela altura, que ele próprio teria problemas com o projeto de um teatro, em Campinas, que ganhou o concurso, mas jamais foi construído.

Outro tema recorrente nas colaborações de Fábio com a revista eram as novas cidades e grandes propostas de reurbanização - Canberra, Nova Delhi, Ancara... Em 21 de janeiro de 1955, ele apresentou a proposta de uma nova cidade litorânea. Projeto dos irmãos Marcelo, Milton e Mauricio Roberto, responsáveis pela sede da Associação Brasileira de Imprensa, pretendia transformar Angra num grande centro de competições de pesca de superfície e de caça submarina. O Plano de Urbanização de Cabo Frio – Búzios compreendia uma área de 400 km2 e seria estruturado a partir de um sistema composto por 17 unidades urbanas e três centros de agricultura. Os jornais do Rio chegaram a publicar anúncios de venda de lotes e imóveis da primeira unidade da Costa do Sol (foi a primeira vez que se aplicou o termo à região), mas o projeto como um todo jamais foi implementado. Aliás, essa é uma marca registrada da arquitetura e urbanismo, talvez até mais forte em nosso país: grande parte fica no papel, pelas mais variadas razões.

O interesse pelas novas cidades tinha uma razão de ser mais que evidente. Juscelino Kubitschek era o presidente da República e os planos de mudança da capital para o interior pareciam prestes a sair do papel.

A edição de 26 de novembro de 1956, trouxe um suplemento especial sobre a nova capital - em fase ainda inicial. Havia naquele momento apenas 256 operários no canteiro de obras, embora o primeiro prédio já estivesse funcionando: o Castelinho, uma construção de troncos de madeira, que servia de base para engenheiros, arquitetos e autoridades. Na edição, o próprio Fábio deu um depoimento, que festejava a iniciativa de JK: “O Brasil é o primeiro país a basear a escolha do local de sua capital em fatores econômicos e científicos, bem como nas condições de clima e beleza. A arquitetura brasileira tem, nos últimos tempos, passado por grande evolução, gozando hoje de prestígio internacional. Mas não tem tido ainda oportunidade de existir plenamente, em virtude da falta de planejamento e organização de tudo quanto já temos executado. A mudança da capital é a primeira medida de grande alcance para um futuro planejamento geral nacional. Isso significa um grande passo para o futuro: o início de um novo estágio econômico, político e social. Os arquitetos brasileiros já foram convocados para projetar a nova Capital Federal.”

Na edição de 21 de dezembro de 1956, a coluna, desta vez com a assinatura de Fábio, relatou a experiência de Jorge Wilheim ao projetar uma nova cidade em Mato Grosso, Angélica, às margens do rio Ivinheima. Angélica existe, tem dez mil habitantes e sofreu o impacto da troca do café pela pecuária – que levou a um decréscimo populacional entre os dois últimos censos.

Outro tipo de edificação que chamava a atenção do editor eram os hospitais. Em 26 de setembro de 1958, aparece a nova sede do Hospital Israelita Albert Einstein, obra de Rino Levi, Roberto Cerqueira Cezar  e Luis Roberto Carvalho Franco . E um reconhecimento por parte de Fábio: "A maneira de projetar e construir hospitais vem sofrendo constante renovação e em todo mundo é um tema que desperta enorme interesse entre os arquitetos. Entre nós, o problema é sempre atual e já existem dezenas de profissionais familiarizados com o assunto e aptos a desenvolver qualquer trabalho. Em todo o Brasil, o número de hospitais não chega a dois mil, num índice desolador de um leito por mil habitantes - quando o índice ideal seria de um leito por cem pessoas".

Na edição de 29 de maio de 1959, a estrela foi o Hospital Santa Mônica de Belo Horizonte, de Oscar Valdetaro e Roberto Nadaluti . Fábio lembrou que os hospitais deveriam ser “bonitos, agradáveis, pois está comprovado que tais cuidados ajudam a formar um ambiente favorável à cura dos doentes.” Aproveitou para puxar a brasa para a sardinha de seus colegas de profissão: “Até algum tempo atrás não era comum ligar-se o arquiteto ao problema dos hospitais, como acontece hoje em da, quando raro é. O hospital não planejado por um arquiteto. Para o planejamento perfeito de um hospital é necessário o trabalho de toda uma equipe especializada, que deve contar basicamente com o consultor hospitalar, o arquiteto e os encarregados técnicos das instalações e equipamentos.” O maior erro dos governos, assinalou, seria adotar um projeto-padrão, como se fosse um carimbo (o que acontece até hoje e não só em projetos de equipamentos de saúde, infelizmente).

Em meados de 1957, Nahum Sirotsky trocou Visão pela revista Manchete e sua saída coincidiu com a demissão dos editores responsáveis. Fábio continuou colaborando, agora com artigos esparsos, não mais como editor. Num deles, da edição de três de outubro de 1958, tratou do projeto de estudantes de Arquitetura da FAUUSP para Cubatão, prestes a receber a Companhia Siderúrgica Paulista, Cosipa, e ainda longe de ser uma cidade marcada pela poluição industrial. Na conclusão do texto, Fábio ressalta: “O projeto é sem dúvida, de grande categoria, e não foi sem razão que os estudantes conquistaram um prêmio internacional de urbanismo. Mais importante, todavia, foi seu interesse por um real problema de sua terra".

Fábio divulgou ainda o projeto de um decreto-lei encaminhado pelo IAB ao presidente Juscelino Kubitschek (CAU), que teve como porta-voz seu amigo e parceiro em vários projetos e obras, Vilanova Artigas, que justificou a ideia de criar uma autarquia específica para a atividade em longo depoimento, na edição de maio de 1959.

A cruzada de Fábio Penteado pelos direitos profissionais e pelo império do planejamento incluiu o registro do primeiro veto a uma construção, baseado no Código de Obras. Foi na edição de 26 de agosto de 1960 e mostrou que um prédio de escritórios que seria construído nos Jardins, em São Paulo, fora vetado, a partir da ação do representante do Instituto de Arquitetos na recém-criada comissão do Código de Obras.

O esforço dos arquitetos em ampliar sua presença no Brasil dos anos 60 fez com que conquistassem dois espaços semanais na TV: um na Tupi, do grupo de Assis Chateaubriand e outro na TV Excelsior. Fábio foi apresentador deste segundo programa. Infelizmente, não há registros visuais das emissões.

Ao longo das colaborações de Fábio para Visão, não encontrei uma só linha de crítica aos projetos do “nosso Oscar Niemeyer”. Muito ao contrário. Quando os palácios de Brasília começaram a ser conhecidos e certos arquitetos brasileiros passaram a rosnar pelos cantos seu descontentamento contra o privilégio dado a Niemeyer, Fábio mandou uma nota para as influentes páginas amarelas da revista. Nela reproduzia um fictício diálogo entre o presidente Kubitschek e alguns amigos sobre o porquê de ter entregue todos os projetos a um só arquiteto. Juscelino teria dito o seguinte: “Vocês acham que o papa Júlio II, conhecendo Michelangelo, chamaria outro arquiteto para fazer a igreja de São Pedro?” Na semana seguinte, o diretor da sucursal carioca da Visão comentou a nota com o presidente. Juscelino, que não tinha dito a frase, admitiu: “Mas podia perfeitamente ter dito”.

Não foi sua única estocada de Fábio Penteado contra o preconceito. Numa reportagem de capa sobre arquitetura religiosa, na edição de 26 de dezembro de 1958, Fábio apresentou os projetos de várias igrejas modernas no mundo todo e criticou a mesquinhez do clero brasileiro, que proibia o uso religioso da capela de Pampulha, uma das obras-primas de Oscar Niemeyer, embelezada por painéis de Cândido Portinari - ambos ligados ao Partido Comunista. Dizia o texto: “Na mostra de Bruxelas, em posição destacada, ergue-se um pavilhão cujas finalidades diferem de todos os outros ali construídos. É a Casa de Deus (como passou a ser chamado), que o Vaticano mandou construir para mostrar o trabalho realizado pelos católicos em todo o mundo, desde os primeiros séculos até a atualidade. Todavia, o que mais impressiona no Pavilhão do Vaticano é sua arquitetura arrojada, que nada fica a dever às demais construções, quase todas baseadas em desenhos ultramodernos e com estruturas revolucionárias. Pode parecer estranha a localização do pavilhão religioso em meio às demonstrações de robots eletrônicos, satélites artificiais e torres de petróleo, mas a verdade é que o homem atual, apesar de viver sua era máxima de desenvolvimento material, mantém sua fé e seu ardor religiosos, e em nenhuma outra época construiu tantos edifícios religiosos como hoje em dia. Principalmente nas Américas, novas igrejas sobem do chão em número nunca visto. Muitas delas estão surgindo com formas diferentes e surpreendentes, testemunhando, além do incremento da fé, a maior revolução ocorrida na arquitetura religiosa em todos os tempos”.

A reportagem serviu de argumento para que o bispo de Olinda e Recife, dom Helder Câmara conseguisse reverter a situação, abrindo Pampulha para serviços religiosos.

A edição de 15 de dezembro de 1960 registrou a inauguração da Igreja de São Daniel, em Manguinhos, zona norte do Rio. Outro projeto religioso de Niemeyer: “Sempre fiel ao seu estilo e não sacrificando nenhuma das características de seus projetos, Niemeyer conseguiu imprimir à sobriedade das linhas e à beleza do conjunto um tom de misticismo, alcançando assim uma procurada síntese do modernismo com os cânones da arte sacra”. O prédio circular lembrava uma hóstia -todo em concreto, com quinze metros de diâmetro e três de altura, sem colunas interiores, capaz de abrigar 300 a 400 fiéis. Era decorado por uma Via Sacra de Guignard. Acabou se deteriorando, embora tombado pelo Patrimônio Histórico e foi recuperado pela comunidade. Hoje está cercado pelas favelas da região.

Em outra ocasião, disparou suas baterias contra os colegas que ameaçavam punir o arquiteto carioca Sérgio Bernardes, por ter feito um projeto para o aeroporto de Brasília, inovador e surpreendente, mas que não havia sido solicitado por ninguém. Fábio falou com Bernardes e publicou o trabalho na Visão, liquidando assim com a ameaça de processo.

Na revista que circulou com a data de quatro novembro de 1960, o assunto foi uma exposição no Museu de Arte Moderna de Nova York, sobre projetos jamais realizados de grandes arquitetos. De Le Corbusier, os curadores escolheram um edifício de 22 quilômetros de extensão e 14 andares, sobre cujo teto corria uma autopista, enquanto Frank Lloyd Wright aparecia com um arranha-céu de 1.600 metros de altura, 56 elevadores e capacidade de abrigar 130 mil pessoas. Fábio deve ter adorado. Seu texto diz a certa altura: “A exposição proporciona desse modo uma visão completa dos sonhos dos arquitetos: dos momentos em que, sem preocupações de ordem prática, dando largas à imaginação, revelam o mundo onde costumam viver, quando não estão trabalhando em projetos que deverão realmente ser executados”.

Fábio Penteado deixou a revista Visão em 1963.

Creio que essa historinha, não mais que uma nota de rodapé na história da arquitetura e do urbanismo no Brasil nos traz um ensinamento importante, além dos mencionados no início do texto. Certos avanços dependem da disposição e ousadia de indivíduos, embora as grandes mudanças dependam mesmo de políticas públicas, leis, orçamentos e consensos duramente conquistados.

Moral da história: o Brasil precisa de novos Fábios e Nahums.

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