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Radar – Cultura digital, novas mídias, transparência

O mundo está cada vez mais conectado. A rede se amplia velozmente. Os aplicativos tornam-se cada vez mais amigáveis e diversificados. As gerações que nasceram nesse ambiente tem cada vez maior protagonismo. Mas o poder continua nas mãos de uma legião que teme ou ignora essas transformações.

Esse é o cenário que  abre  perspectiva para uma publicação impressa e online destinada a estabelecer pontes entre quem pensa, cria e opera as novas mídias – ou até melhor, quem constrói a cultura digital e quem já percebeu que o processo é irreversível e não quer perder o bonde da história (a expressão já indica a idade média do grupo: aqueles que ainda sabem o que é um bonde.

Essa é a missão de Radar. Uma publicação mensal, inicialmente, bilíngue – português/inglês e em duas versões: para tablets e a impressa. Um produto editorial totalmente concebido dentro dos novos parâmetros: transparente, colaborativo, sustentável, multimídia.

Para quem está no governo ou no parlamento, Radar fará a radiografia da transparência e do mundo hacker, deixando claro que os modelos atuais de gestão da coisa pública, representatividade, prestação de contas, participação cidadã estão sendo superados e não tem futuro. 

Para os executivos, as atrações principais serão o painel de cases, a galeria de criadores jovens e ousados, que toda empresa quer atrair para seus quadros  e a exibição de novos modelos de trabalho e cooperação.

Para a mídia convencional, a revista servirá como um elemento de provocação permanente.

Em resumo: Radar quer ser a porta de entrada para o novo mundo que os decision makers sabem que existe, vêem como ameaça, adorariam dominar, mas não compreendem. Isso será feito pela articulação de  cases inovadores, provocações instigantes, reportagens aprofundadas e entrevistas exclusivas  feitas aqui ou em qualquer ponto do planeta onde a cultura digital esteja sendo construída.

Uma chave disputada, mas facilmente replicada. Na primeira onda, o universo de leitores será delimitado pela disposição do patrocinador ou dos patrocinadores em suportar a produção e remessa da revista. Dali por diante, se expandirá a partir da mesma premissa que fez o sucesso da rede social mais poderosa do planeta: é preciso ser convidado a entrar no time.

Essa é a primeira inovação do processo de produção, distribuição e comercialização de Radar. O primeiro círculo de leitores será formado por convidados da redação: o conselho editorial. Este, por sua vez,  formado pela nata dos produtores da cultura digital indicará a segunda onda e assim por diante.

A impressão on demand chegou a ser considerada, mas torna os custos elevados demais. Por isso, poderá ser utilizada para produzir a versão impressa da revista em inglês. O sistema de distribuição também será mais convencional - utilizando o serviço dos correios e com custos absorvidos pelos patrocínios. A presença da publicidade, esta sim, buscará novos formatos.

O papel será reciclado, preferencialmente. Todo o conteúdo estará licenciado em Creative Commons. Quando isso for impossível, por exemplo, em textos de outras publicações estrangeiras, a exigência de copywright será assinalada.

Algumas ideias para a pauta. Exemplos que buscam  demonstrar a diversidade de assuntos dentro de um nicho muito claro: a cultura digital para quem ainda é analógico.

●             Entrevista exclusiva com Julian Assange, o criador do Wikileaks. Perguntas coletadas entre personalidades, lideranças e jornalistas brasileiros que serão os primeiros a receber a revista. Não é uma tarefa difícil, levando-se em conta a equipe que já está sendo articulada para elaborar a revista – incluindo os responsáveis (brasileiros) pelo novo site mundial de relacionamento do projeto de Assange, o Wikileaks Roundtable. Alternativa proposta por Pedro: entrevistar Daniel Domscheit-Berg, ex-porta-voz do Wikileaks e que está lançando o Open Leaks.

●             O futuro dos partidos políticos. Matéria mescla o declínio dos partidos com o surgimento de  aplicativos que permitem ao eleitor acompanhar o desempenho de seus representantes, experiências internacionais de Personal Democracy, encerrando com uma pensata: que curral eleitoral resistirá quando celulares forem urnas eletrônicas com identificação segura?

●             O fim do dinheiro. Dindy Money e outras experiências radicais.

●             Coworking. Exemplos de empresas ou criadores que já aderiram a esse modelo. Como contraponto, descrição de um ambiente informatizado em que cada baia tem um bichinho de pelúcia, a foto dos filhos, vasinho de flor, etc.

●             Editoras e o desafio dos e books. O panorama mundial, a situação do Brasil

●             Distribuição de música. Música para baixar, Teatro Mágico e outras experiências. 

●             Steven Johnson:  Outside In: a quantas anda esse projeto e o que está fazendo seu criador.

●             Celtx e outros mecanismos cooperativos de produção artística. Quem usa em Hollywood, sucesso, o que isso muda no processo criativo.

●             A agência de viagens do futuro – o que um algoritmo bem resolvido pode fazer pelas empresas que compram muitas passagens.

●             Cemitério virtual. Se enterro, velório e cemitério são instituições que sobrevivem pela tradição e necessidade de manter um espaço simbólico, como isso poderia migrar para a web: missa on line, tumba digital, etc.

●             SubE, o projeto coletivo de intervenção artística debaixo do Minhocão.

●             Alagoas colaborativo. A experiência de quatro internautas pelo litoral e interior de Alagoas, construindo uma espécie de guia turístico feito por pescadores, rendeiras, donas de casa. Um diário de bordo, com fotos e texto.

●             O que faz o CGI e o W3C. As instituições que cuidam da gestão da web e que lutam por um futuro aberto. Matéria para leigos.

●             O que podem fazer as lan houses. Os dados da pesquisa do CGI, da Cultura e reportagem em lan houses diferenciadas, junto com pensata.

●             Histórias de fracassos. Um case mal sucedido do mundo virtual. Como e porque determinado projeto, site, portal, aplicativo ou rede social naufragou.

●             Futuro do pretérito: previsões que deram e não deram certo. Leitura saborosa, com excertos de contos ou romances scifi, para curtir, com comentários à margem. Mecânica Popular é boa fonte, além dos Vernes, Asimovs e Clarkes.

●             A quantas anda e que sentido tem o milionário programa do UCA – Um Computador por Aluno.

●             Cinema digital. O que isso pode mudar na indústria do cinema e em que medida a mudança corre o risco de chegar tarde demais,

●             Livro on demand. Matéria que explica o modelo adotado por Radar e mostra quem já usa isso no Brasil e no exterior.

●             Blogs e literatura. Pensata para Rosana Herrmann ou Mario Prata, que “traduziu”o sucesso Meu pipi (um blog pornográfico português) que fez sucesso como livro na terrinha. A tese é: o blog está para a literatura como o campo de várzea para o futebol.

●             Clone do blog do Planalto. Historinha de como dois moleques deram um nó no governo e o consequente recuo no uso da licença Creative Commons.

●             RadarCultura. Juliano Spier, o criador do site, explica como funcionava.

●             Cultura Brasil. A experiência de transformar uma rádio Am em portal web e outras similares.

●             Praça Digital. O projeto mesmo – um estúdio de TV num espaço público. Com boxe sobre a City TV.

●             Laborg. O trabalho desse coletivo de vídeo, a quem será encomendada a primeira capa da revista.

●             Sapiens Park, mesa Sapiens. O parque que Santa Catarina tenta realizar, o que está sendo feito lá e o computador coletivo.

●             Onde estão os criadores da urna eletrônica? Fernando Leme e ??? ganharam um caminhão de dinheiro com a urna. O que fazem hoje? Fernando investiu em imóveis, ??? financia projetos como o Sapiens.

●             Disc Debate, 1984, Abril Vídeo. Tentativas históricas de interatividade. No Disc Debate, a Avril Vídeo colocava frente a frente Lula, FHC e a turma do PDS e pedia para que o telespectador votasse a favor ou contra as diretas. Num certo dia, o debate era doce de abóbora com coco ou sem coco. Deu mais participação que outros. Chico Santa Rita ou Edson Higo do Prado podem relembrar.

●             A crise de 1961 e o Egito. Brizola barrou o golpe contra Jango usando o rádio em 1961. Depoimento de quem viveu aquela experiência, como Carlos Bastos e texto de tuiteiro ou blogueiro egípcio.

●             Deadline – as últimas do mundo web. O sumo do que se debate em publicações, listas, blogs, sites internacionais e uso intensivo das redes sociais.

●             Test drive – submetemos portais à crítica especializada, como se faz com discos e livros

●             Cloud computing – case e possibilidade

●             Redefonera – a experiência inglesa que já tem 2,5 milhões de hotspots mundo afora, com a colaboração

●             Notícias do front – meia dúzia de colunistas falando sobre a vanguarda da guerra

●             A Casa de Cultura Digital – um passeio pela vila do gato, assumidamente promocional, mas elegante.

●             Google Fields, o que se pode fazer com ele – não requer prática, nem habilidade

●             Scribd. Um passeio.

●             Pirate Bay. Como funciona, problemas, perspectivas.

●             Nuvem de tags e outras visualizações que facilitam o entendimento.

●             Capetinha. Colocamos uma engenhoca qualquer na mão de uma criança e mostramos um passo a passo.

●             O que vem por aí – futuro do gadget

●             A loja de vinho 2.0 – portal fake da loja que permite a colaboração dos usuários e estimula a rede.

●             História da mídia – pintura rupestre, copistas, palimpseto, pergaminho, tipos móveis, telex, faz, telefone de manivela.  A cada edição uma matéria enciclopédica que lembre ao leitor como no passado, o futuro parecia risonho e franco. 

●             O teclado qwerty. A força da tradição que garante a sobrevivência do teclado criado para evitar a sobreposição das hastes num ambiente em que isso é impossível.

●             Alô Escola. Exemplo dos mistérios que regem o algoritimo do Google. Como um programa de TV fora do ar conseguia ter meio milhão de visitas/mês. A relevância em debate.

●             Campus Party. O que está sendo planejado para frente.

●             Ted. Matéria de divulgação. 70% dos leitores de Radar nunca ouviram falar do Ted.

●             Modelo Debates Uninove. Como é possível somar plataforma web, transmissão on line e livro.

●             Jorge Caldeira. O escritor que construiu um novo modelo de produção e o que está fazendo no campo dos arquivos de empresas.

●             Fernando PO

●             Silvio Meira

●             Porto Digital

●             Preciosidades – Domínio Público, coleção da UH e do JB, etc

●             Música clássica no Youtube

●             O futuro do algoritmo – web semântica

●             O rádio digital

●             O aparelho de rádio digital

●             Processo pré=histórico [ o caminho de um papel, aventura no Portal da Transparência, no site da Câmara, etc)

     

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