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  • Foto do escritorPaulo Markun

Estudo inglês indica que é o coronavírus que mata os idosos e não comorbidades

A análise de informações detalhadas sobre quase 17 mil pacientes internados em hospitais do Reino Unido, feito pelo Coronavirus Clinical Characterization Consortium, concluiu que a maioria dos idosos mortos pela doença não teria morrido de outra forma, contrariando assim a versão de que são as comorbidades que levam a óbito os mais velhos.

O estudo, liderado pelo professor Calum Semple e publicado no site medRxiv, sem revisão de seus pares, constatou que um terço das pessoas admitidas nos hospitais morreu e que o Covid-19 é tão perigoso quanto o Ebola.

Numa entrevista coletiva virtual, Semple apresentou seus argumentos: "É o mesmo para os internados no Ebola (...) As pessoas precisam ouvir isso e pensar nas coisas. O motivo pelo qual o governo deseja que as pessoas fiquem em casa até que o surto se acalme é porque esta é uma doença incrivelmente perigosa. Ainda vemos exemplos isolados de egoísmo, onde as pessoas pensam que não há problema em se encontrar no parque e compartilhar um pacote de quatro cervejas. Há um grupo específico de jovens que está adotando uma atitude de 'estou bem, Jack, isso não me incomoda'. Eles não entendem que têm a mesma probabilidade de pegá-lo e transmiti-lo, e isso afetará o resto da sociedade.”

Além da alta taxa de mortalidade entre os idosos, a maioria dos quais não sobreviveu à internação hospitalar, o estudo também verificou o seguinte:

- Quase metade (49%) dos pacientes rastreados por 14 dias ou mais, recebeu alta; 33% morrera e 17% continuavam em tratamento.

- Grávidas não correm maior risco de morte

- Obesos, com Índice de Massa Corporal acima de 30 têm uma taxa mais elevada de mortalidade.

P

ara outro integrante do consórcio, Peter Openshaw, especialista em medicina experimental do Imperial College de Londres, o estudo apresenta números preocupantes:

“O vírus não está apenas se comportando como um vírus da tosse (...) é uma doença muito mais complexa do que pensávamos inicialmente. É notável ver uma nova doença se desenvolvendo diante de nossos olhos".

Outro estudo, realizado por pesquisados do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos – concluiu que o coronavírus infecta as células da mucosa - células que fabricam muco - antes de se multiplicar e se espalhar por todo o corpo e que ao se clonas nas células rígidas encontradas nos pulmões consegue se espalhar mais rapidamente pelo corpo.

É isso que torna os idosos um alvo preferencial: os tecidos de seus pulmões e os tratos respiratórios têm maior quantidade de fibras proteicas, o que favorece a multiplicação do vírus.

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